Renata Turbiani publicou no portal Um só planeta, a notícia de que a agricultura regenerativa no Cerrado brasileiro oferece um potencial econômico significativo e pode gerar até US$ 100 bilhões (aproximadamente R$ 572,5 bilhões) em valor presente líquido (VPL), além de impulsionar o PIB do Brasil em US$ 20 bilhões (R$ 114,5 bilhões) anualmente até 2050. Esse cenário é apontado por um estudo do Boston Consulting Group (BCG), em parceria com o Ministério da Agricultura (MAPA), o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). A prática pode transformar a região em um exemplo de sustentabilidade na agricultura.

Segundo a reportagem, com quase 200 milhões de hectares, o Cerrado é a savana mais biodiversa do planeta, abriga 30% da biodiversidade brasileira e 5% de todas as espécies conhecidas. Além disso, o bioma é fundamental para a produção agrícola global e responde por uma parte significativa da produção de soja, carne bovina, cana-de-açúcar, algodão e milho do Brasil. Até 2050, estima-se que o Cerrado será responsável por 70% da soja e quase metade da carne bovina do país.

Entretanto, o crescimento da agricultura no Cerrado gerou impactos ambientais significativos, com quase metade da área original convertida para uso agrícola, e um aumento de 71% na conversão entre 2019 e 2023, como destaca a reportagem. Isso resultou em incêndios mais frequentes e intensos, ameaça à fauna e flora locais, e mudanças climáticas que afetam a produtividade agrícola.  Práticas regenerativas são fundamentais para restaurar o equilíbrio ecológico e garantir a sustentabilidade da região.