A Ekonavi, fundada por Breno Veiga e Simon Luling, nasceu da inspiração gerada pelo documentário "O Elo Perdido - Agroflorestas" e foi lançada em dezembro de 2020 como uma plataforma digital que mapeia projetos e funciona como uma rede social. Com foco na regeneração ecológica, seu principal objetivo é viabilizar o acesso ao financiamento climático para iniciativas de campo, além de promover a troca de conhecimentos, práticas sustentáveis e experiências regionais, fomentando também conexões comerciais no setor. Em entrevista ao Baru, Breno Veiga fala sobre desafios, perspectivas e visão a longo prazo. 

Como surgiu a ideia de criar a Ekonavi e qual foi o momento decisivo para tirá-la do papel?
Breno Veiga - A Ekonavi surgiu após o lançamento do documentário "O Elo Perdido - Agroflorestas", em que os diretores Breno Veiga e Simon Luling perceberam o potencial de construção de uma plataforma que integrasse as diferentes iniciativas do Brasil para a troca de conhecimentos. Assim, em dezembro de 2020, a plataforma ekonavi.com entrou no ar, como um mapeamento de projetos e uma ferramenta de rede social.

Quais são os principais objetivos da Ekonavi e como ela contribui para o avanço da sustentabilidade no Brasil e no mundo?
Breno Veiga - O principal objetivo da Ekonavi é tornar viável o acesso ao financiamento climático por parte dos projetos de campo que estão trabalhando pela regeneração ecológica do planeta. Além disso, a plataforma tem como objetivos: difundir o conhecimento e práticas sustentáveis através dos exemplos práticos, criar um ambiente para trocas comerciais e para a divulgação de experiências regionais.

Como a tecnologia blockchain é aplicada na plataforma e de que forma ela beneficia os projetos ambientais cadastrados?
Breno Veiga - A tecnologia blockchain é utilizada para fazer registros e distribuir recursos na plataforma. A Ekonavi atua como validadora da maior rede web3 para créditos de carbono e biodiversidade, a Regen Network, e como captadora de bolsas das principais redes blockchain, como Ethereum e XRP, gerando recursos que são distribuídos para os projetos que apresentam as suas atividades ecológicas na plataforma. Além disso, a Ekonavi possui uma proposta de tokenomics para criação de uma moeda lastreada em práticas ecológicas que possa ser utilizada pela comunidade.

Quais os maiores desafios enfrentados pela Ekonavi desde a sua criação e como vocês os têm superado? Quais os resultados já alcançados?
Breno Veiga - O principal desafio da Ekonavi é convencer os fundos globais de que os projetos de campo e os grandes atores da sustentabilidade já estão trabalhando e é preciso apoiar esses projetos. Desde sua criação, a Ekonavi tem conquistado cada vez mais legitimidade perante os ecossistemas de negócios e conquistado diversos prêmios como: bolsas em redes blockchain (Ethereum, Arbitrum, Optimism, Gitcoin, XRP, Regen Network, IXO World), destaque de tokenização no Mercado Bitcoin, primeiro lugar no G20 TechSprint organizado pelo BIS e Banco Central, destaque SEBRAE Capital Empreendedor, entre outros.

Qual é a visão de longo prazo da Ekonavi e como ela planeja expandir seu impacto no futuro?
Breno Veiga - A Ekonavi está sendo construída de maneira colaborativa e pretende estabelecer uma governança comunitária que possa produzir uma nova economia para o planeta. O desenvolvimento tecnológico é feito de maneira que as pessoas utilizem a tecnologia de maneira estratégica, sem precisar gastar muito tempo online e produzindo as informações necessárias para o levantamento de recursos. Assim, o objetivo de longo prazo é estabelecer uma rede onde todos possam gerar autonomia para seus projetos sem precisar estar preso ao computador.