Sonia Guajajara defende liderança indígena no processo de Justiça Climática
Outros pontos destacados pelas Nações Unidas como centrais para os problemas enfrentados pelos povos indígenas são a falta de investimento em mulheres e meninas indígenas. O Fórum reforçou a necessidade de atenção especial para a promoção de iniciativas lideradas por mulheres indígenas para o fortalecimento de direitos econômicos, a fim de empoderá-las. A existência de estereótipos que reforçam a discriminação racial também foi indicada como algo nocivo que ainda prejudica as populações indígenas.
20 de abril de 2024
Compartilhe nas redes sociais
A ministra dos Povos Indígenas encerrou a segunda missão internacional diplomática de 2024 com um discurso no Plenário Principal da ONU, durante a Cerimônia de Abertura do 23º Fórum Permanente das Questões Indígenas. Sonia Guajajara defendeu a Justiça Climática, destacando que territórios indígenas possuem grande parte dos minerais da transição energética e do potencial de energia renovável, e defendeu a presença dos povos indígenas nas negociações ambientais para evitar violações de direitos e desigualdades sociais decorrentes das mudanças climáticas.
A ministra ressaltou a importância da proteção das Terras Indígenas e do apoio aos povos indígenas na proteção ambiental, pedindo a integração da agenda ambiental com a dos direitos humanos. Ela destacou a importância da participação dos povos indígenas como tomadores de decisão, incluindo a juventude e as mulheres indígenas, e a necessidade de fortalecer a cultura e os modos de vida indígenas.
O Fórum Permanente sobre Questões Indígenas da ONU, do qual a ministra faz parte como parte do corpo consultivo do Conselho Social e Econômico, foi criado para tratar de temas como desenvolvimento econômico e social, cultura, meio ambiente, educação, saúde e direitos humanos dos indígenas. A ONU destaca a necessidade de acesso a financiamento, consolidação de direitos conquistados e participação em estruturas governamentais para concretizar a liberdade de autodeterminação dos povos indígenas, apontando que o financiamento fica muito aquém das necessidades reais dos indígenas.
Leia a matéria completa: Na sede da ONU, em Nova York, Sonia Guajajara defende liderança indígena no processo de Justiça Climática — Ministério dos Povos Indígenas (www.gov.br)