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Taxa de alfabetização das mulheres quilombolas é maior do que a dos homens

O índice de alfabetização das pessoas quilombolas por sexo e grupos de idade, segundo a localização de seus domicílios (dentro ou fora de territórios quilombolas oficialmente delimitados), demonstrou o mesmo padrão, de mulheres quilombolas com maiores taxas de alfabetização, em todos os grupos de idade.

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Letícia Jury

15 de agosto de 2024

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De acordo com informações coletadas pelo Censo Demográfico 2022, os homens quilombolas apresentaram taxa de alfabetização de 79,11%, que é 3,78 pontos percentuais abaixo da taxa de alfabetização das mulheres quilombolas. Trata-se de uma diferença mais ampla do que aquela encontrada na população total, que foi de um ponto percentual a mais na taxa de alfabetização das mulheres em relação à dos homens.

A diferença na taxa de alfabetização entre homens e mulheres quilombolas foi um pouco maior entre os quilombolas que residem fora dos territórios quilombolas oficialmente delimitados, onde os homens tiveram taxa de 79,18% e as mulheres de 83,02%, ou seja, 3,84 pontos percentuais. Dentro dos territórios oficiais a distância foi de 3,74 pontos percentuais, tendo os homens quilombolas uma taxa de alfabetização de 79,11% e, as mulheres, de 82,89%.

A taxa de alfabetização das pessoas quilombolas por sexo e grupos de idade mostrou que as mulheres quilombolas têm taxa de alfabetização superior em todos os grupos de idade, exceto naquele acima de 65 anos, no qual a taxa de alfabetização dos homens quilombolas foi superior (3,78 pontos percentuais acima). As maiores diferenças (8,30 pontos percentuais) foram identificadas para o grupo de 45 a 54 anos de idade. Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os homens apresentavam uma proporção maior de pessoas que sabiam ler e escrever, de 47,38%, frente a 44,87% das mulheres.

Embora a população total do Brasil tenha mostrado tendência semelhante, as taxas de alfabetização das mulheres quilombolas estavam abaixo daquelas apresentadas pelas mulheres residentes no país, cujo menor índice foi de 79,6% para o grupo com 65 anos ou mais. Esse valor foi superior à taxa de alfabetização das mulheres quilombolas nos grupos de idade a partir de 50 anos.

O índice de alfabetização das pessoas quilombolas por sexo e grupos de idade, segundo a localização de seus domicílios (dentro ou fora de territórios quilombolas oficialmente delimitados), demonstrou o mesmo padrão, de mulheres quilombolas com maiores taxas de alfabetização, em todos os grupos de idade. A exceção ocorreu naquele acima de 65 anos, onde a taxa de alfabetização dos homens quilombolas se torna superior, independentemente da localização do domicílio.

Fonte: Agência Brasil/Foto: Divulgação/Governo de Goiás

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