Letícia Jury

Hoje, enquanto caminhava pela manhã em um parque ambiental da minha cidade, observei uma pessoa que constantemente interrompia seu exercício para recolher copos descartáveis jogados no chão. Apesar de haver muitas lixeiras no parque, muitos frequentadores preferem descartar na pista de caminhada. Paramos para conversar e comentamos sobre a ausência de consciência ecológica dos frequentadores do local e até mesmo sobre a ideia de "casa comum", ou seja, o parque é de todos nós e precisamos cuidar dele.

Comentamos também sobre a quantidade de peixes na lagoa e o quanto há plástico jogado nela. Havia um trabalhador da limpeza urbana tentando retirar a sujeira pelo menos nas bordas. O que observamos é que aquela atitude era mais pessoal e responsabilidade daquele profissional, merecendo elogios e referências.

Rapidamente discutimos também sobre o descarte inadequado de plástico nas lagoas, que têm muitos peixes e representa uma séria ameaça ao ecossistema aquático e à vida dos animais que ali habitam. O plástico, ao se decompor, libera substâncias tóxicas que contaminam a água, prejudicando a saúde dos peixes e demais organismos aquáticos. Além disso, os resíduos plásticos podem ser ingeridos pelos animais, leva a problemas de saúde, como obstrução intestinal e asfixia, e à morte.

O senhor que estava catando os copos ainda acrescentou que havia lido recentemente que a presença constante de resíduos plásticos pode reduzir a disponibilidade de alimentos e abrigo para os peixes, afetar seu crescimento e reprodução. Além disso, a deterioração da qualidade da água devido à presença de plástico pode comprometer a sobrevivência de espécies sensíveis, causa um impacto negativo em toda a cadeia alimentar aquática.

Quis escrever esse artigo para despertar a atenção de quem me lê para as reflexões que precisamos fazer diariamente. Tenho falado sempre sobre a ideia de "casa comum", que se refere ao conceito de que o planeta Terra é a nossa morada compartilhada, um espaço onde todas as formas de vida coexistem e dependem umas das outras para sobreviver. Essa concepção implica a responsabilidade coletiva de cuidar do meio ambiente e dos recursos naturais, garantir sua preservação para as gerações futuras.

Casa comum sugere a ideia de um lar que deve ser protegido, respeitado e cuidado, promovendo a sustentabilidade e a harmonia. É por isso que queremos preservar o parque, para que possamos continuar tendo contato diário com a natureza!