Em 2024, o Cerrado apresentou uma superfície de água de 1.630.023 hectares, correspondendo a 0,8% do total do bioma, segundo o levantamento Superfície de Água no Cerrado (1985-2024), do Panorama da Superfície de Água no Brasil, divulgado pelo MapBiomas. . Este número representa um aumento de 0,4% em relação a 2023 e um ganho de 11,5% em comparação à média histórica. Este é o maior valor registrado desde 1985, destacando um aumento significativo no volume de água na região.

Apesar desse crescimento, a maior parte da superfície de água no Cerrado é de origem antrópica, com 60,4% de sua área sendo impactada por atividades humanas. Esse aumento se reflete em um ganho de 451 mil hectares (84,6%) em superfície de água antrópica. Por outro lado, a superfície de água natural apresentou uma perda de 249 mil hectares (-27,8%).

Esses dados ressaltam a dinâmica de uso da água no Cerrado, com um aumento expressivo na água proveniente de fontes humanas, em contraste com a diminuição das fontes naturais, o que exige uma análise cuidadosa sobre a sustentabilidade da gestão hídrica na região.

O mapeamento de superfície de água utiliza bandas composicionais da imagem Landsat em escala de subpixel para estimar vegetação, vegetação não fotossintética (NPV), solo, água (incluindo sombra) e nuvem. A decomposição da informação espectral permite detectar corpos hídricos, identificando misturas de vegetação, solo e água.