Mulheres devem ser protagonistas no Combate à Crise Climática
Justiça climática e igualdade de gênero são prioridades da Carta de Alagoas
17 de dezembro de 2024
Compartilhe nas redes sociais
Parlamentares do G20 defenderam maior participação feminina em decisões sobre a crise climática, destacando que mulheres estão entre os grupos mais afetados por desastres ambientais. Essa discussão marcou a primeira sessão de trabalho do Fórum Parlamentar do G20, que analisou as recomendações da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, formalizadas na Carta de Alagoas. O debate abordou justiça climática e desenvolvimento sustentável com foco em gênero e raça.
Tulia Ackson, presidente da União Interparlamentar, enfatizou que mulheres, especialmente as rurais, enfrentam maior insegurança alimentar e vulnerabilidade à pobreza e violência devido às mudanças climáticas. Ela defendeu a paridade de gênero no Parlamento, argumentando que isso pode resultar em políticas climáticas mais eficazes. A deputada Benedita da Silva também destacou o impacto desproporcional de desastres ambientais em populações vulneráveis, como ribeirinhos e quilombolas, e o papel central das mulheres nesses contextos.
A parlamentar mencionou iniciativas do Congresso Brasileiro, como propostas de manejo adequado do fogo, incentivo à conservação ambiental, pagamento por serviços ambientais, crédito para atividades sustentáveis e inclusão de mulheres em ecoturismo e gestão de recursos naturais. Além disso, destacou a necessidade de políticas que enfrentem o racismo ambiental e garantam a saúde das populações negras e rurais.
A senadora Leila Barros reforçou o papel central da Carta de Alagoas ao priorizar investimentos em políticas climáticas sensíveis ao gênero. Ela defendeu o protagonismo de mulheres, negras e indígenas em todas as etapas das políticas climáticas, da formulação à implementação, destacando que a inclusão dessas perspectivas é essencial para a justiça climática e o desenvolvimento sustentável.
Fonte: Câmara Federal